A trama se inicia em 1978, quando no dia 26 de agosto os
alemães tornaram-se parte da elite mundial com a expedição espacial do
astronauta Sigmund Jahn da Alemanha Oriental — o primeiro alemão no espaço.
Em 1979, a Alemanha Oriental
era uma pátria socialista e neste regime político vivia Cristiane Kerner, uma
ativista do progresso social, empenhada em manter as bases do socialismo no
país.
A senhora
Kerner tinha dois filhos, Ariane e Alexander, cujo pai, Robert, havia partido
para o leste na Alemanha Ocidental, considerada opositora por ter inclinações
democráticas e consequentemente capitalistas.
No dia 7 de
outubro de 1989 foi comemorado o aniversário de 40 anos da RDA (República
Democrática Alemã). Apesar da comemoração, diversos manifestantes saíram às
ruas em protesto e devido a essas e agitações, a senhora Kerner sofre um
enfarto e fica em coma.
Entre 1971
e 1989 a
RDA foi dirigida por Erich Honeker. Mas após as revoluções populares, a queda
do muro de Berlim e a separação das nações, Honeker renunciou o cargo de
secretário geral do Partido da Unidade Socialista e à presidência do Conselho
de Estado da RDA.
No dia 9 de
novembro de 1989, milhares de manifestantes derrubaram o muro de Berlim. E a
partir daí ocorreram as primeiras eleições livres, a ascensão do capitalismo e
a queda do proletariado.
Após oito
meses em coma, a senhora Kerner não imaginava que restaram apenas ruínas da
república socialista que tanto lutara para preservar.
Em junho de
1990, as fronteiras com a RDA já não tinham mais valor e a Alemanha Oriental
não tinha mais chances de reunificação. Em julho de 1990, os supermercados da pátria
socialista estavam vazios e a moeda nacional foi modificada para o marco
ocidental, que valia duas vezes mais.
Após
recuperar-se do coma, a sra. Kerner mantinha um quadro instável de saúde e
qualquer transtorno poderia ser fatal. Sendo assim, Alexander, seu filho,
decidiu esconder todos os acontecimentos políticos ocorridos durante os oito
meses em que ela esteve em
coma. Pois se soubesse da queda do socialismo, certamente não
sobreviveria.
Para
esconder a verdade, Alexander foi alem das possibilidades forjando uma
realidade inexistente. Para isso isolou-a das notícias da imprensa, dos
produtos comercializados de outras províncias e das pessoas que faziam parte da
nova nação.
Alex
consegue contar sutilmente as novidades da política nacional à sua mãe, mas ela
viveu pouco neste novo mundo capitalista, pois ela faleceu dias após saber das
‘meias verdades’.
A Alemanha
Oriental e Ocidental assinaram acordos e Moscou foi a mediadora da amizade
entre as duas. E após a reunificação, restou apenas uma nação: a República
Federal da Alemanha.
Apesar de
retratar a trajetória histórica da Alemanha, o filme trata do amor e suas
diversas faces: amor de uma cidadã pelos direitos da sociedade e o futuro da
nação e o amor de um filho que luta contra o sistema para preservar a vida
da mãe.
Por _Berdusco (Texto encontrado no baú das memórias – escrito em
2007)
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