É fundamental compreender a
necessidade da comunicação entre a criança e a família, pois é no ambiente
familiar que ocorre o primeiro contato social de todos os indivíduos sejam eles
surdos ou ouvintes. Esta esfera que determina qual será o desenvolvimento geral
da criança dentro da sociedade, isto é, a maneira como a criança se relaciona
com seus entes se torna o reflexo de como ela se comportará com as pessoas de
seu convívio externo.
Quando o surdo tem uma boa
comunicação familiar certamente se sentirá como parte integrante e atuante
naquele universo, o que não acontece quando existe a preocupação apenas em
traduzir as necessidades básicas e transmitir informações do dia-a-dia,
excluindo-o do convívio natural, das conversas informais, das atividades
rotineiras — como acontece nas famílias que se recusam a aprender a língua de
sinais, limitando-se a pequenos gestos e o mínimo de interação na troca de
informações.
Para potencializar a comunicação
natural entre a família e a criança surda também é preciso entender o
desenvolvimento da linguagem. E para isso se torna necessário buscar o máximo
de informações e orientações especializadas acerca da surdez. Procedimento que
auxilia na compreensão sobre o aprendizado, o ensino, o comportamento familiar,
a interação sócio-cultural e todos os processos que envolvem a vida do surdo,
facilitando a escolha sobre as melhores maneiras de se comunicar e conviver de
forma natural e harmoniosa. Esta atitude começa na aquisição da linguagem que
permite à família utilizar as ferramentas disponíveis, seja os sinais, o
oralismo, entre outros, para que a criança possa se desenvolver assim como
qualquer outra de acordo com a faixa-etária correspondente.
O essencial é que a família
aceite a situação que lhe é oferecida, que esteja sempre bem orientada, se
sinta também inclusa no universo da surdez e que transforme a casa num ambiente
favorável para o desenvolvimento global da criança e as suas próprias atitudes
em modelo de superação e constante apoio.
Por _Berdusco
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