Devemos partir
do principal foco da relação ensino-aprendizagem: a criança. Um ser repleto de
sonhos, fantasias, afetividade, imaginação e emoções, e cheio de manifestações
subjetivas de curiosidade, espontaneidade e criatividade. O que justifica sua
alta capacidade de pensar, decidir, atuar, criar, imaginar, expressar e
produzir cultura e conhecimento.
Para alcançar
seus objetivos, o planejamento não deve priorizar um currículo que visa o
excesso de atividades e de materiais, a escolarização precoce, o ciclo enfadonho
tarefa, sala de aula e conteúdo, conceitos fragmentados, imposição, transmissão
de informações e ordens, autoritarismo, controle, submissão, disciplinamento,
silêncio, obediência.
Portanto, o
planejamento tem que abordar muito mais do que conteúdos, e sim a linguagem,
forma de expressão e leitura de mundo da criança. E para isso é preciso
mergulhar no universo dos pequeninos e compreender que cada momento é
significativo para eles — eles, os protagonistas, interlocutores e autores,
precisam errar, tentar de novo e perceber que existem pessoas que o ajudarão no
desafio dinâmico de desvendar o mundo.
"E a pergunta roda / E a cabeça agita / Eu fico com a pureza da resposta das crianças (...)"
(O que é, o que é? — Gonzaguinha)
Por _Berdusco