terça-feira, 8 de maio de 2012

Aprender a ensinar


         Não existe fórmula mágica, nem padrão comportamental para ser um bom professor. Ser educador, acima de tudo é ser humano.

  Muitas vezes se queremos uma aproximação com a realidade e as características intrínsecas dos alunos indisciplinados para intervir adequadamente, precisamos que ele primeiramente compreenda que o professor não é um ser imortal e inacessível.
     Sim, conheço professores sérios que fazem um ótimo trabalho e também aqueles que intimidam o aluno ao ponto dele absorver os conteúdos de maneira superficial devido ao temor à reação do professor.
           Mas também convivo com professores muito divertidos. Sim, também gosto de sorrisos e de demonstrar respeito e gentileza, sinalizando aos alunos que gosto da presença deles e o quanto ensiná-los e ser dura com eles às vezes, com responsabilidade e cuidado, me faz feliz. E isso não se aplica só a minha disciplina (ed. física), conheço profissionais da matemática, física, língua portuguesa e de muitas outras áreas que os alunos até estranham o dia que o professor não abre um sorriso. Porque se o aluno perceber que ele é um "fardo" para o professor, automaticamente, participar da aula do mesmo será uma batalha, e acredite, eles percebem.
      Enfim, independentemente da personalidade do professor — que fique claro a importância de ter sua própria identidade natural —, o importante é ser responsável pelo interesse do aluno sobre os conteúdos escolhidos, estar aberto a conhecê-lo e criar um vínculo natural entre o aprendizado e a própria vida.

Me identifico muito com esta maneira de trabalhar, de visualizar o aluno e construir a própria prática pedagógica.

Não existe nada mais prazeroso para o professor do que deixar uma sala ciente de que todos participaram espontaneamente e deram sua contribuição para chegar ao objetivo comum. E para isso o diálogo se torna fundamental, assim como uma postura profissional que incentiva o aluno a se interessar por aquilo que o professor está se propondo a ensinar.

            Li um texto da Revista Nova escola que ao diferenciar os tipos de professor foi muito realista ao relacionar as seguintes características do professor com autoridade: "conquista a participação com atividades pertinentes", "escuta e dialoga", "procura adequar os métodos às necessidades da turma" e "vê o aluno como um ser humano". Todas estas atitudes estão expressas em ser mais dura com os alunos, fazer brincadeiras e tornar a aula divertida, abrir espaço para o aluno falar e não tratá-lo como um constante problema a ser resolvido, corrigido e disciplinado por aquele que se considera superior e dono da razão.
            Enfim, independentemente da faixa etária em questão, da disciplina ministrada ou da maneira como o professor no uso de sua liberdade decide conduzir sua aula, o importante é criar um ambiente favorável para a aprendizagem, que não deve confundir liberdade com libertinagem, nem disciplina com autoritarismo.


Por _Berdusco

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