domingo, 6 de novembro de 2011

Ginástica na Educação Física Escolar

O professor pode fazer uma relação entre os movimentos já conhecidos pelo aluno em seu contexto cultural com os movimentos específicos do esporte abordado. Desta maneira, pode fazer uma reflexão sobre as principais características da GR, seu histórico, a dificuldade exigida pela modalidade, os movimentos específicos dos aparelhos, entre outros. Assim como de forma simultânea pode trazer as experiências dos alunos e elaborar conjuntamente com os mesmos novas possibilidades do Se-movimentar através da vivência e da compreensão da nova modalidade esportiva analisada.

Acredito que a Ginástica Para Todos ou Ginástica Geral, sem diminuir a importância da abordagem das ginásticas de competição, é uma ótima oportunidade de transmitir à essa manifestação da cultura corporal seu lugar no universo escolar sem que haja discriminação, diferenciação por habilidades, gênero ou número de equipamentos.
Compartilho com vocês minhas experiências pessoais, pois trabalho com a ginástica geral e a cada dia percebo os benefícios e o quanto ela é significativa na vida dos alunos. Atribuo o sucesso dessa proposta a transferência e ao compartilhar das diversas manifestações culturais presentes no contexto dos alunos e no universo da ginástica. Por exemplo, quando se trata da questão da música, é interessante que os próprios alunos demonstrem quais são suas preferências e como imaginam que seria uma apresentação bonita. Já em relação ao figurino, não é necessário roupas perfeitas, pode-se sugerir que os alunos confeccionem as peças decorando-as ou até mesmo que combinem cores, quando for o caso.
O importante é que o professor incentive a criatividade dos alunos, pois ginástica é expressão corporal. É o momento onde os alunos têm a oportunidade de demonstrar sua arte, sua capacidade de organização, o espírito de grupo, auto-estima, entre outros infinitos benefícios.
Muitos movimentos do contexto dos alunos se assemelham aos que constituem o universo da ginástica. Como as brincadeiras tradicionais de cordas e bambolês, as atividades circenses com os malabaristas, os equilibristas, acrobatas e contorcionistas, os movimentos do Le Parkour, a sensação de liberdade e os movimentos não-habituais dos esportes radicais, entre outros.
Para socializar a cultura podemos, por exemplo, durante uma aula que aborda o salto da GA, sugerir aos alunos que brinquem de saltar sobre as costas dos colegas como na brincadeira de "pular sela". Logo após pode-se visualizar vídeos que ilustrem o salto do esporte propriamente dito. Demonstrando todas as possibilidades de saltar e suas variações, grupada, carpada, afastada etc  a vivência dessas variações é plenamente possível assim como a sua associação com os movimentos do dia-a-dia. Desta maneira estamos aproximando essas manifestações através da ampliação e reconstrução da cultura corporal.

Por _Berdusco

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